Parnasianismo
Este movimento se originou juntamente com o Realismo e o Naturalismo a partir da segunda metade do século XIX. Na realidade, o Parnasianismo é considerado o "Realismo em poesia".
No entanto, didaticamente, as produções poéticas do Realismo estão organizadas como um movimento à parte.
Diferentemente do Realismo, que usava a ficção como teses científicas para a sociedade, mostrando o pior dela, o Parnasianismo pouco se interessou por tais questões.
A influência do cientificismo e do positivismo esteve atrelada à estética da poesia. A busca pela formalidade da linguagem e a rigidez das formas foram as principais características do período. Assim, o movimento ficou conhecido por buscar a “arte pela arte”, com inspiração nos ideais poéticos clássicos, sem sofrer influência de aspectos das teorias sociais, tão em voga no momento.
Capa da revista modernista Klaxon número 7, satirizando a poesia parnasiana brasileira.
Esta imagem acima é uma brincadeira feita pela revista Klaxon, uma das mais importantes divulgadoras das ideias e da literatura modernista no início do século XX. A imagem foi escolhida para introduzir o movimento parnasiano, no sentido de ilustrar como os autores e as poesias do período eram vistos: "forjadores" de poemas e artificiais, respectivamente.
Iniciado na França, o movimento teve como principais autores Téophille Gautier, Leconte de Lisle e Théodore de Banville. No Brasil, os maiores expoentes da poesia parnasiana são Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Lembrando que Machado de Assis, na chamada “segunda fase” de sua obra, dedicou-se à poesia, sendo esta considerada parnasiana.
O modelo de poesia parnasiana foi duramente combatido pelos ideais modernistas do início do século XX. Alegava-se que ela era artificial, vazia (de conteúdo) e que se encontrava “presa” dentro de uma forma rígida. A seguir, estudaremos as principais características do Parnasianismo.