Parnasianismo (continuação)
Principais características
Da mesma forma como o Arcadismo (Neoclassicismo), o nome “Parnasianismo” vem de um local da mitologia clássica: o Monte Parnaso, reservado ao deus Apolo e às suas musas.
Contrários ao sentimentalismo, ao subjetivismo e à falta de rigor da poesia romântica, os parnasianos dedicaram-se a uma poesia empenhada na objetividade, na impessoalidade, no racionalismo e na rigidez da forma, cuja temática principal girava, basicamente, em torno de alguns fatos históricos e de objetos, como vasos e estátuas, remetendo a elementos da cultura clássica. Um dos poemas mais famosos do período é “Vaso Grego”, de Alberto de Oliveira, que se tornou um símbolo da poesia parnasiana.
Nesse movimento, os poemas (em geral, sonetos) possuem formas fixas, compostas de versos alexandrinos (12 sílabas poéticas) ou decassílabos (10 sílabas poéticas), sempre com a chamada rima rica. Impera também a intensa descrição visual e o preciosismo sobre o elemento-tema do poema. Os poetas do Parnasianismo são frequentemente comparados aos ourives, pois trabalham minuciosamente em materiais nobres como o ouro.
Santo Elói (588-660) foi um ourives conhecido pela sua habilidade em trabalhar com o ouro, um material nobre.
Saiba mais
Autores
Os três principais escritores do Parnasianismo são Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Suas obras priorizavam a estrutura formal, a linguagem erudita e a temática clássica, uma espécie de retorno à poesia neoclássica, na contramão das questões sociais, abordadas pelos principais escritores que se dedicaram à prosa.
Autores da chamada "tríade parnasiana": Alberto Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.