Pré-Modernismo
O Pré-Modernismo teve seu início em 1902, estabelecendo como limite as obras Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha. Terminou em 1922, com a Semana de Arte Moderna.
O movimento representou o momento de transição e de preparação para a fase de emancipação da literatura brasileira, o Modernismo.
O Pré-Modernismo, que coexistiu com o Simbolismo e o Parnasianismo, apontou os problemas de nossa realidade cultural e social.
Os Sertões, de Euclides da Cunha (1902) e Canaã, de Graça Aranha, 1902
Avenida Central, Rio de Janeiro. A grande reforma urbana ocorrida no início do século revelou um Brasil moderno e com características europeias. No entanto, por trás dessa fachada, persistiam o atraso e a pobreza. Os escritores das primeiras décadas do século conseguiram explorar, em suas obras, as contradições do país.
Contexto histórico
O início do século XX foi marcado pelo confronto das rivalidades internacionais, que teve como resultado a Primeira Guerra Mundial (1914 – 18) e que teve como resultado o surgimento de uma nova potência: os Estados Unidos da América. Em 1917, com a Revolução Russa, o proletariado toma o poder. Começaram, então, a tomar forma dois regimes opostos: o comunismo e o capitalismo.
No Brasil, o Pré-Modernismo desenvolveu-se na época de transição da República da Espada (ditadura militar) para a República das Oligarquias ou República do café com leite, onde o Brasil foi governado ora por donos de fazendas cafeeiras de São Paulo, ora por fazendeiros de Minas, os dois estados mais ricos do país.
No entanto, nas cidades surgia uma classe média reformista e, nos quartéis, uma geração de militares, entusiasmados por ideias positivistas, que exigiam mudanças. Ao mesmo tempo, surgia pela primeira vez no país uma massa popular insatisfeita e propensa à revoltas sem sentido, como por exemplo a rebelião contra a vacina obrigatória (Revolta da Vacina), em 1904.
Imagem Revolta da Vacina – 1904