Transição da primeira para a segunda fase modernista
A transição da primeira para a segunda fase do Modernismo ocorreu em meio a revoltas e conflitos contra a política brasileira e a crise econômica de 1929.
Seu marco inicial é a Revolução de 30 e o término a deposição de Getúlio Vargas pelas Forças Armadas, em 1945.
A Segunda Guerra Mundial também compõe o cenário histórico da época.
Getúlio Vargas durante passagem pela cidade de São Paulo, após vitória na Revolução de 1930.
O período compreendido entre 1930 e 1940 foi determinante para o romance, que denunciou as mazelas sociais, voltando-se para o homem humilde e injustiçado. Nesta época desenvolveu-se o romance regional, urbano e psicológico. A poesia amadureceu as conquistas da Semana de 22 e também se voltou para temas sociais. A segunda fase modernista surge como uma reflexão sobre a época de crise e pobreza.
Manifestações artísticas da segunda fase modernista
O panorama político da época é refletindo na arte que buscou no regionalismo nossas raízes culturais e étnicas e o povo passa a ser retratado na pintura.
Reprodução da obra de Candido Portinari - "Mestiço"
Reprodução da obra de Tarsila do Amaral – “Operários”
No ano de 1936, Oscar Niemeyer e Lucio Costa planejaram o prédio do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, considerado marco da arquitetura moderna brasileira.
Edifício Gustavo Capanema (RJ) – marco da arquitetura moderna brasileira
Na busca por encontrar uma linguagem nacional, Heitor Villa-Lobos incorpora melodias populares e indígenas e canto de pássaros brasileiros às suas composições. Para o divertimento das massas, o rádio produz programas de auditório e, o cinema, as chanchadas da Atlântida, e as gravadoras editoras multiplicam-se.
As chanchadas da Atlântida
Neste período as ciências também se desenvolveram. No ano de 1931, surgiu a Universidade do Brasil; em 1933, a Escola Livre de Sociologia e Política e, em 1934, a Universidade de São Paulo.
Prédio da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP)